Cotopaxi

Vulcão Cotopaxi

O Vulcão Cotopaxi era o grande destaque da minha viagem ao Equador e não era para menos, estamos falando do terceiro vulcão ativo mais alto do mundo. O cume do Cotopaxi está a 5.897 metros acima do nível do mar, encravado na porção equatoriana dos Andes.

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Ao longo do território do Equador encontramos quase uma centena de vulcões, só nos arredores de Quito existem 9 vulcões e vários deles continuam ativos. Mas sem dúvidas a grande estrela é o Vulcão Cotopaxi, dentro do Parque Nacional Cotopaxi e distante aproximadamente 60 quilômetros de Quito.

Seu tamanho e forma perfeita, com cume sempre coberto de neve já atraíam a admiração e o respeito das tribos indígenas que habitavam o Equador muito antes da chegada dos colonizadores. Cotopaxi significa “Pescoço da Lua” em Os quíchua, povo que já estava por aqui antes dos europeus.

Em média, o Cotopaxi entra em erupção a cada 100 anos, a última aconteceu em 1877, por tanto, os equatorianos esperam uma nova erupção a qualquer momento. Em 2015 o Cotopaxi passou dias expelindo cinza, com isso o parque ficou fechado por um ano até que o vulcão estabilizar e permitindo o retorno das visitas.

Vulcão Cotopaxi

A experiência no Vulcão Cotopaxi


Chegamos no Parque Nacional Cotopaxi por volta das 11h da manhã, fizemos uma parada para tomar o tradicional chá de folhas de coca para ajudar a combater os efeitos severos da altitude. Eu escrevi um post dando dicas para melhor se adaptar ao mal da altitude aqui, recomendo a leitura.

Alpacas e a vegetação rasteira a caminho do vulcão

A caminho do Cotopaxi a paisagem vai mudando, o verde das matas exuberantes dão lugar a vegetação alpina, que cede espaço a vegetação rasteira a medida que vamos subindo, até que não existe mais vegetação a 4.400 metros de altitude, onde fica o estacionamento do vulcão.

A caminho do Cotopaxi

Existem duas experiências que você pode ter no Cotopaxi: subindo até o refúgio a 4.864 metros de altitude ou pernoitando neste acampamento e subindo até o cume no dia seguinte.

Vamos entender que pernoitar no refúgio e subir até o cume exige, além de preparo físico, o equipamento certo e guias preparados. Não dá para fazer por contra própria, pessoas já morreram lá em cima.  É preciso contratar um tour específico, que inclui o pernoite e uso da estrutura do refúgio. A subida até a borda do vulcão demora em média 6 horas a partir deste ponto de apoio.

O refúgio, bem na metade do vulcão

Como a maioria das pessoas que visitam o Vulcão Cotopaxi, eu optei pela primeira experiência. Até porquê, eu não sou nenhum aventureiro escalador de vulcões e os quase 5.000 metros já dava para rir e para chorar.

Depois do estacionamento subimos em grupo até o refúgio, a subida demorou aproximadamente 1h20. Apesar da curta distância, a altitude castiga mesmo. Quem acompanhou os Stories que eu publiquei no Instagram do Vou na Janela sabe do que eu estou falando.

Aqui a altitude é de 4.870 metros
Passaporte carimbado

Apesar de toda a dificuldade, a experiência de subir em um vulcão ativo é única na vida. O frio cortante e o ar rarefeito são apenas alguns dos ingredientes que ajudaram a compor esse momento.

Ao chegar no refúgio eu só queria me sentar, admirar a vista e sentir o vento no rosto. Depois de recuperar o fôlego e claro, carimbar o meu passaporte no refúgio, eu ainda subi um pouco mais, até os 4.870 metros. Foi aí que o inesperado aconteceu. Não, não tivemos uma erupção, mas começou a cair gelo. Não era bem neve, mas gelo e deixou a minha conquista do Cotopaxi ainda mais especial.

E começou a cair gelo
A vista lá de cima

Todo o sacrifício com o mal da altitude compensam, visitar um vulcão ativo e ainda subir nele é uma daquelas experiências únicas que a gente tem na vida.


Como chegar ao Vulcão Cotopaxi


Existem duas maneiras de visitar o parque: contratando um tour ou fechando a viagem de ida e volta com um táxi. Os taxistas de Quito estão acostumados a fazer esse passeio, mas existem diferenças significativas entre os dois métodos.

De táxi

Os taxistas cobram uma média de 50 a 60 dólares pela viagem e eles deixam os passageiros no estacionamento do Cotopaxi, que fica a 4.400 metros de altitude. No estacionamento, o recomendado é contratar um guia para te acompanhar durante a subida. A vantagem do táxi é fazer o passeio do seu jeito, como algumas paradas ao longo do caminho para fazer fotos panorâmicas lindas, algo que o tour não faz.

Se você optar por fazer o passeio por conta própria de táxi, leve algo para comer pois não existem restaurantes dentro do parque. No refúgio você pode tomar um chocolate e comer alguma coisinha, mas é só isso.

Na entrada do parque tem um lugar onde existem banheiros, uma cabana que vendem algumas coisas para comer, além do chá de folhas de coca. Ali também existe um pequeno museu sobre o Cotopaxi. O tour também faz uma paradinha neste lugar.

De tour

Eu contratei meu tour com o Get Your Guide, vou deixar o link no fim do post. O passeio foi executado pela Quito Tourbus de forma impecável. O tour durou um dia inteiro, saímos de Quito por volta das 7h30 da manhã e retornamos já a noite, lá pelas 19h. No tour estava incluso o café da manhã e o almoço. Também tivemos 3 guias – duas eram locais – que cuidavam do grupo para que ninguém se perdesse e ajudando a quem precisava de adaptação com o percurso e a altitude. Eu paguei 60 dólares pelo tour e achei um excelente custo benefício.

De ônibus

Existe um ônibus que sai do Terminal Latacunga e vai até a cidade de Cotopaxi, o ônibus custa 1,50 dólar. De lá você precisa contratar um táxi para te levar pelo parque até o estacionamento do vulcão, ou contar com a sorte e pedir carona.


O que você precisa levar


No Cotopaxi o tempo é muito instável e o céu pode fechar a qualquer momento e foi o que aconteceu comigo. Lá em cima venta muito, faz frio e pode cair gelo, como vocês viram. O ideal é usar roupas quentes, preferencialmente roupas de trekking e impermeáveis. Uma segunda pele pode ser interessante caso você suba o Cotopaxi no inverno, além de luvas e gorro.

Eu subi com tênis normal, deu tudo certo, mas senti falta do meu bom e velho Timberland de trilhas, por conta do conforto e da sola para terrenos difíceis. No inverno, com neve, seria impossível subir com o tênis comum. Leve também óculos de sol, protetor solar, água e algo para comer. Evite colocar muito peso nas mochilas.


Onde se hospedar em Quito


Aqui no blog tem um post super completo onde eu explico os melhores lugares para ficar em Quito, recomendo a leitura aqui. Ou você pode conferir a nossa lista de sugestões no Booking.com. Reservando um hotel pelo Booking, você ajuda o blog e não paga nada a mais por isso. Clique aqui.

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7 thoughts on “Cotopaxi: a experiência no terceiro maior vulcão ativo do mundo

  1. Muito bom Fabricio. Tava pesquisando sobre as montanhas pra subir na América do Sul e topei com sua experiência. Obrigado por compartilhar…me animei muito 🙂
    Estive na Bolivia e subi Chacaltaya q tem 5.474 metros. Gostei muuuuuito da sensação de chegar ao topo. Mesmo q com certa facilidade por conta da base ser muito proxima do pico. Quero desafios maiores agora e tu me ajudou.
    Abraço!!!
    Emerson

    1. Oi Emerson, tudo bem? Cara, foi uma experiência única, a subida é muito difícil, parece que o peito vai explodir. Mas quando chegamos lá em cima, vale a pena todo o esforço. Eu pretendo fazer mais vulcões, provavelmente no ano que vem eu volte ao Equador.

  2. Oi Fabricio…

    Bom ver que outros brasileiros visitaram o Cotopaxi! Esse vulcão é incrível!

    A gente teve a oportunidade de ir até o cume! A gente conta mais um pouco nesse artigo aqui:

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    Grande abraço!

  3. Nossa muito bom acompanhar teu post sobre o Cotopaxi.
    Estive em FEV/19 fomos ao Equador entre 4 pessoas por conta própria, alugamos um carro e começamos a desbravar o país que sem dúvida tem muita diversidade de regiões.
    Além de termos conhecido lugares fantásticos tivemos o prazer de ir ao Quilotoa (fizemos toda caminhada de ida e volta ao seu interior onde fica o lago com uma cor sem igual) e ao Chimborazo (onde subidimos até a Laguna Condor Cócha a 5.100msnm), mas quando fomos ao Cotopaxi que sem dúvida é maravilhoso,
    subimos além do refúgio José Rivas, em meio a subida uma das pessoas começava a se sentir mal, e para nossa surpresa começou a nevar, então tivemos que retornar.
    Só posso dizer que foi uma experiência sem igual, logo retornaremos para concluir a subida ao cume.
    Obrigada por compartilhar da sua experiência e por proporcionar que outras pessoas também deixem seus comentários.
    Abçs

    1. Oi Karoline, tudo bem? Não sabe como eu amo receber relatos como o seu. O Equador me tocou demais, hoje faz um ano que eu estive lá e quero muito voltar.

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