Há quase um ano eu troquei um emprego fixo como designer em uma agência para fazer do Vou na Janela o meu emprego. O desafio foi imenso, mas quando acreditamos em um projeto e fazemos isso com paixão e honestidade, não tem como dar errado. Trabalhar viajando era o meu maior sonho e certamente o desejo de muitos de vocês. Sempre alguém me pergunta como eu consigo pagar as contas, se o blog dá dinheiro e como funciona essa coisa de ser blogueiro de viagens.
Vamos por partes! O Vou na Janela já rendeu e continua rendendo bons frutos, que continue assim! Muitas viagens que eu fiz foram a convite, de alguma operadora de turismo, rede hoteleira, companhia aérea ou bureau de turismo. Essas viagens não pagam as minhas contas, mas me ajudam a viajar gastando pouco ou nada.
Outras viagens eu banquei tudo, em algumas consegui uma cortesia aqui e outra ali. Só que quanto mais eu viajo, mais conteúdo eu consigo produzir e quanto mais conteúdo eu publico no site, mais páginas são indexadas pelos mecanismos de buscas e mais pessoas descobrem o blog. E quanto mais pessoas visitam o site, mais interessante fica para os investidores, como a Emirates, que depois da minha viagem pela Ásia, se tornou parceira do blog.
Como podem ver, não existe fórmula mágica em ganhar dinheiro com o blog. Outro retorno positivo que chega com o grande número de visitantes é o maior número de impressões dos anúncios do Google Adsense e isso vira dinheiro também. Mas não adianta poluir o site com vários banners, não é assim que a coisa funciona. O próximo passo é começar a lançar produtos voltados para os leitores do site e nesse segundo semestre essa nova frente vai começar a pipocar por aqui.
Mas o blog sozinho ainda não paga todas as minhas contas e eu nunca deixei de trabalhar como designer, eu amo o que faço, mas para que o blog crescesse, tive que colocar o design como a minha segunda profissão e continuo trabalhando como freelancer.
Trabalhar viajando requer muita, mas muita disciplina. Com o tempo eu consegui administrar melhor essa rotina durante as minhas viagens e hoje já consigo passear sem deixar meus compromissos de trabalho de lado.
Como eu faço? Eu divido o meu dia basicamente em três momentos. O primeiro deles é para turistar, visitar novos lugares e claro, fotografar e anotar tudo, pois isso vai virar conteúdo no blog.
Meu segundo momento é dedicado ao blog e depois de chegar no hotel eu vou responder os emails, comentários do site, analisar o que deu certo e o que deu errado, produzir algum conteúdo e publicar no blog. Depois, replicar nas redes sociais, responder as interações na página e fazer um follow-up do que esta rolando.
Meu terceiro momento é para me dedicar aos freelas de design, quando tiver algo pendente, é claro. E isso significa responder mais emails, produzir alguma peça de arte e até fazer alguma call-conference com cliente e independente de que parte do mundo eu estiver, o cliente não pode mudar a rotina dele por causa disso, quem tem que rebolar sou eu, como fazer uma call com o Brasil às 3h da madrugada em Kuala Lumpur.
Trabalhar viajando muitas vezes requer poucas horas de sono, grande olheiras, comer mal e andar muito.
Mas quando eu entrei nessa, sabia que seria dessa forma e fui me preparando para isso, na verdade achei que seria até pior, mas quando a gente ama o que faz, aquelas 4 horas de sono são mais que suficientes.
A gente também precisa saber aproveitar cada tempinho que sobra, como usar aquelas horas de espera nos aeroportos para escrever, ou aquele longo voo para editar filmes, fotos e produzir mais conteúdo. Talvez adiantar algum freela, fazer o que dá para fazer com aquele tempo e muitas vezes sem conexão com a internet. Nem todos os aeroportos tem wi-fi e até hoje só consegui usar internet a bordo em um voo da Emirates entre Dubai e Bangkok e digo uma coisa, como seria maravilhoso se todas as empresas fossem assim.
Viver sem um salário fixo deixa a gente mais criativo, estamos sempre buscando formas de melhorar o orçamento e aí a gente volta a um assunto que eu abordei lá em cima, sobre criar produtos e buscar novas possibilidades.
Hoje, posso dizer que essa é a vida que eu sempre quis para mim, de não ter raízes, de estar em um lugar novo a cada mês. Um amigo me disse uma vez que eu tiro férias em casa. É bem isso mesmo, São Paulo hoje é a minha colônia de férias.
Se você quer trabalhar viajando, saiba que vai dar trabalho, mas se você fizer com prazer, com determinação e honestidade, não tem como dar errado.
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É isso ai, tudo tem suas dificuldade, parabens o blog ta excelente, precisa virar um vlog, abraço.
Olá Fabricio, estou achando muito interessante as suas dicas e gostei muito de seu Blog. Bem clean né! Farei uma viajem para Melgaço no Pará, porém será uma viagem desgastante mas com certeza muito prazerosa. Vou conseguir com algumas de suas dicas.
Desejo sucessos.
Super obrigado, Thiago! Ótima viagem pra você.
Amei o post !! Me assusta mas também me inspira e motiva para querer ainda mais ser um Nômade Digital.
Estou perdido pois não sei o que fazer mas sei que quero ser um tradutor/intérprete, dar aula de inglês (quando eu dominar o inglês bem rsrs) e quem sabe fazer edições de vídeo.
Fabricio, como você se tornou um designer? Faculdade ou Curso? Depois de quanto tempo na profissão para então aplicar na vida de “Nômade Digital?”
Oi Ricardo, tudo bem? Eu trabalhei por 10 anos em uma multinacional, ganhava bem e odiava o trabalho, enquanto isso fui fazer o curso de designer e quando estava preparado, consegui um trabalho na área em uma agência de publicidade de SP. Fiquei 5 anos lá e saí pra ser livre, não me arrependo.
Nossssa! Amei saber disso. Obrigadaaaaa kkk