Como é voar com a Ethiopian Airlines
Eu estava montando o planejamento da minha viagem de Bangkok para Hong Kong e descobri que o trecho é operado pela Ethiopian...

Eu estava montando o planejamento da minha viagem de Bangkok para Hong Kong e descobri que o trecho é operado pela Ethiopian Airlines, uma continuação do voo que vem da Etiópia. Como eu nunca tinha voado com a companhia aérea africana e o preço dela era o mais barato, achei que seria uma boa oportunidade para contar aqui como é voar com a Ethiopian Airlines. Já que eu sei que muita gente tem essa curiosidade.

A Ethiopian Airlines opera um serviço diário de Addis Ababa na Etiópia para São Paulo, com continuação até Buenos Aires. Sendo uma boa opção para chegar tanto na Argentina, quando em qualquer canto do mundo, pois a malha deles é imensa.

Ela também foi a primeira companhia aérea a operar com o moderno Boeing 787-8 Dreamliner no Brasil em 2013, voando desde o hub em Addis para São Paulo com paradas em Lomé no Togo e no Rio de Janeiro, escalas que não existem mais. Atualmente a companhia alterna a operação no Brasil entre os Boeings 787-8 e o 777-200LR, dependendo da demanda do dia.

Leia outras avaliações aqui

Como é voar com a Ethiopian Airlines: O Boeing 787-8 aqui em Hong Kong no dia da volta

Como é voar com a Ethiopian Airlines


Compra da passagem

Eu comprei a passagem direto no site da Ethiopian, foi super fácil e eu optei por fazer o pagamento usando o PayPal, pois é uma forma de proteger o cartão de crédito e evitar clonagens e fraudes. Sempre que possível eu faço compras assim em sites que eu não conheço muito bem ou não confio.

A franquia de bagagens incluía duas malas despachadas de até 23 quilos e uma mala de mão de até 7 quilos. Nos voos partindo do Brasil a franquia é a mesma para a classe econômica. Veja aqui a tabela atualizada.

Check-in

Eu cheguei no Aeroporto Internacional Suvarnabhumi em Bangkok aproximadamente 2h30 antes do voo e não havia ninguém na fila do check-in. Eu já tinha visto pelo FlightRadar24 que o voo atrasaria, pois ele tinha saído com 2 horas de atraso de Addis Ababa. Dito e feito, a funcionária do check-in me avisou do atraso. Ela também me colocou em uma fileira de assentos vazia.

Como é voar com a Ethiopian Airlines: Zona E do Aeroporto de Bangkok

Depois eu fui fazer o raio-x, que é sempre bem rígido em Bangkok e a imigração. Procedimento rápido, logo em seguida eu acessei a gigantesca sala de embarque do Suvarnabhumi.

Conforme o previsto, o embarque começou com 1h30 de atraso. O estrago só não foi maior pois a aeronave conseguiu diminuir o atraso durante o voo até a Tailândia.

Em Bangkok acontece desembarque, embarque e troca de tripulação. Além de uma limpeza superficial na aeronave e o loading do catering. Por conta disso, a aeronave costuma ficar 1h30 em solo. O voo ET608 faz o trajeto entre Bangkok e Hong Kong em 2h50 minutos.

Portão de embarque

Aeronave

A aeronave que operou o voo foi um Boeing 787-8 Dreamliner, que dependendo da demanda, alterna com o 787-9, de maior capacidade. Estas aeronaves estão equipadas com 24 poltronas na classe executiva no layout 2-2-2 e 246 lugares na classe econômica no layout 3-3-3.

A aeronave prefixo ET-AOO foi entregue nova para a Ethiopian Airlines em 2013 e apesar de ser um avião considerado novo, ele estava em um estado deplorável. A cabine estava muito suja, as poltronas tinham cheiro de mofo. Havia restos de comida e palitos de dentes nos cantos e aparentavam estar ali por muito tempo. A sujeira reinava por todos os lados naquele avião.

Como é voar com a Ethiopian Airlines: Poltronas da classe econômica
A cor não ajuda muito, né?
Como é voar com a Ethiopian Airlines: O amenity kit da classe econômica
Os itens que vem na sacolinha

Além da sujeira, a conservação da aeronave era péssima, a minha poltrona não tinha mais o botão que aciona o reclino, imagina o azar de quem se sentar ali para um voo de longa distância? O revestimento das poltronas estavam soltos, a redinha que é usada para acomodar itens pessoais já estava totalmente sem elasticidade. Para completar o cenário, a minha poltrona tinha uma goteira do ar condicionado bem em cima.

Lastimável o estado desse Dreamliner
Os restos de comida nas frestas do controle remoto
A sujeira era enorme

Em todas as poltronas tinham um travesseiro e um cobertor. Em algumas poltronas tinham um kit com meia, máscara, escova e pasta de dentes em uma sacolinha de plástico. Achei um ponto positivo a companhia oferecer esse cuidado.

Achei a poltrona confortável e com bom espaço para a poltrona da frente. Em voos longos não seria ruim, contando que não estivesse com aquele cheiro de mofo terrível.

Sistema individual de entretenimento
Outra tela do IFE
Mapas de navegação
Fones de ouvido

Todas as poltronas são equipadas com telas individuais com o sistema de entretenimento da companhia. Achei o conteúdo um pouco fraco e pouco interessante para o público brasileiro. No meu caso, o voo tinha apenas 2h50, mas imagino que para uma viagem de 10 ou 12h seja um pouco monótono.

O controle remoto fica fixo no apoio de braço, eu acho ruim pois a gente pode acionar sem querer, não é muito prático. Mas as telas são touch screen, o que ajuda bastante, mesmo tendo uma resposta ruim.

Voo e serviço de bordo

Decolamos com 2 horas de atraso, me acomodei na poltrona fedida e comecei a ver um filme. Logo após atingirmos a altitude de cruzeiro a tripulação começou os preparativos para o serviço de bordo. Que começou aproximadamente 1 hora após a decolagem.

Como é voar com a Ethiopian Airlines: Decolagem em Bangkok
Cabine logo após a decolagem

As opções eram frango ou carne, eu escolhi o frango, veio com um molho de tomate e arroz. De entrada tinha uma saladinha de feijões com mostarda. A combinação era estranha e o sabor, idem. Na verdade, o sabor era de acordo com a aparência geral da comida, não estava bom. Tive que usar meio sachê de sal para tentar trazer um pouco de sabor. Na bandeja veio também uma barrinha de cereal, biscoitos, manteiga e queijo processado.

Serviço de bordo no voo de ida

Para beber tinha refrigerantes, sucos, água, cerveja etíope e vinho, branco ou tinto. O ponto positivo eram as garrafinhas de vinho individuais. A refeição do voo de retorno estava bem melhor, eu fui de massa e estava ótima. Também era um serviço mais completo, olha a foto logo abaixo. Os talheres são de plástico, daqueles que quebram antes do passageiro terminar a refeição.

Serviço de bordo na volta
Garrafinhas de vinho individuais

Depois do almoço veio uma rodada de café e o comandante já anunciou o início da descida até o aeroporto Chek Lap Kok em Hong Kong. Apesar do atraso, chegamos em Hong Kong ainda de dia, um fim de tarde lindo.

O pouso foi brusco, parecia que ia partir o avião ao meio. Nunca vi uma aterrissagem tão dura. No vídeo abaixo com o review dessa viagem eu peguei o momento do pouso e vocês podem ver do que eu estou falando.

Como é voar com a Ethiopian Airlines: Chegada em Hong Kong

Conclusão

Voar com a Ethiopian Airlines teve seus pontos positivos, como o preço da passagem, serviço completo mesmo em um voo curto e a franquia de bagagem. O ruim foi claramente a manutenção, conservação e limpeza do avião. Não sei se aguentaria voar 12 horas naquele avião fedido. Nem falo do atraso pois isso pode ter sido um problema pontual.

Eu achei também a tripulação pouco amigável, tirando a chefe de cabine, ninguém dava um sorriso sequer. A própria aparência delas é um pouco desleixada, com cabelo bagunçado e aparentando cansaço. A gente não sabe dos bastidores né? O voo de Bangkok a Hong Kong é um bate-volta da tripulação e eles ficam 4 horas em solo antes de regressar a Bangkok. É cansativo, vamos concordar.

Vale lembrar que todo mundo diz que a conexão em Addis Ababa é caótica, com todo mundo perdido e até dois voos embarcando ao mesmo tempo no mesmo portão. Dá um Google que você vai ver.

Eu acho que só vale a pena voar com a Ethiopian Airlines se o preço for realmente muito bom, às vezes vale pagar um pouco mais e voar em uma empresa melhor.


Vídeo


Confiram o vídeo completo com este flight report.


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2 thoughts on “Como é voar com a Ethiopian Airlines na classe econômica

  1. Roubado em mais de R$ 11.000 pela Ethiopian

    Fiz uma reserva e paguei com o cartão de crédito do meu chefe, que mora nos EUA. O bilhete foi bloqueado para verificação do cartão por tentativa de fraude.

    Tentamos pessoalmente liberar o cartão no escritório do aeroporto de Los Angeles, que descobrimos não existir (apesar do site da Ethiopian dizer o contrário).

    Fizemos então algo que realmente nos deixou bem desconfortáveis. Seguindo orientação do site, enviamos por fax um formulário preenchido, juntamente com cópia da identificação do dono do cartão e uma cópia frente e verso do cartão usado. Isso mesmo, número do cartão e código de segurança enviados por fax. Imaginem a tranquilidade do cliente ao realizar esse tipo de “verificação”. E apesar de termos recebido no nosso aparelho a confirmação de que o fax foi recebido, em contato com o atendente da Ethiopian em Washington (muito mal educado por sinal) nos disse que não havia recebido nada.

    Já sem muita paciência, resolvemos então que pagaríamos o bilhete em dinheiro (mais de R$ 11.000) no balcão de check-in, como sugerido no próprio site da companhia aérea para casos similares. Antes porém liguei no atendimento em São Paulo para confirmar a operação. O atendente de São Paulo prontamente se recusou a aceitar dinheiro em qualquer embarque saindo do Brasil.

    Não nos restando outra alternativa, já que o embarque é proíbido sem verificação do cartão, solicitamos o cancelamento do bilhete. Detalhe, ainda faltavam mais de 7 dias até o vôo.

    Resposta da Ethiopian ao meu pedido de cancelamente: “Infelizmente não podemos proceder com o cancelamento porque o bilhete permanece bloqueado. Enquanto o bilhete estiver bloqueado por razões de segurança, nós não podemos alterar, cancelar ou reembolsar, além do passageiro estar impedido de embarcar”.

    Nós acabamos reservando com outra companhia aérea, abrindo uma reclamação formal na companhia de cartão de crédito (que aliás em momento algum recusou a transação) e colocando o advogado da empresa para resolver.

    Mas a pergunta que ficou foi: se tratam assim seus clientes, como será então que tratam seus pilotos e pessoal de manutenção em solo? Será que o menor custo da Ethiopian Airlines vale mesmo o risco? Nunca mais irei passar nem perto dessa empresa aérea.

    1. Nossa, que grave isso Alexandre.Você tocou em um ponto importante no fim da sua mensagem. Eu estava em Hong Kong voltando para Bangkok neste voo da Ethiopian. A perna de BKK a HKG é um “bate-volta” com a mesma tripulação. Só que o voo chega em HKG por volta das 17h e volta para BKK às 23h, nesse tempo todo, a tripulação fica sentada, do lado de fora do avião, nas cadeiras da sala de embarque. Imagina como eles deviam estar cansados? Olha como eles tratam o pessoal deles? Honestamente, eu não pretendo voar mais com eles e agora sabendo o que aconteceu com você, nem pensar. Ah, atualiza aqui depois sobre o desfecho desse caso.

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