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A cidade de Paraty no estado do Rio de Janeiro certamente é um dos raros lugares no Brasil onde a gente encontra um centro histórico tão bem preservado, com uma rica cena cultural e excelente gastronomia. Além disso, a região tem praias lindas, ilhas exuberantes, trilhas e cachoeiras. Não é exagero dizer que Paraty é um pacote completo, capaz de agradar a todo tipo de turista.
Eu sempre quis conhecer Paraty, lugar que abriga a mundialmente famosa Flip – Festa Literária de Paraty e tive a oportunidade de passar meu último aniversário lá. Foi tão especial que resolvemos estender a visita e voltar só no dia seguinte.
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Paraty é assim, você chega e já se apaixona. Difícil encontrar alguém que fale mal e se encontrar, bom sujeito não é.
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Centro histórico
Comece a sua visita pelo centro histórico de Paraty e seus cartões postais. Ele é considerado pela UNESCO como “o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso” e também é Patrimônio Nacional tombado pelo IPHAN.
O conjunto arquitetônico é típico das colônias portuguesas, algo que a gente consegue ver em outras regiões do Brasil, como as cidades históricas de Minas. Mas a influência da Maçonaria também deixou a sua marca, como o padrão de construção dos casarões, lado a lado.
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Eu achava que o centro histórico fosse pequeno, como a maioria das conjuntos coloniais remanescentes dessa época é, mas o centro histórico de Paraty é grande. São mais de 15 ruas e muitas quadras para explorar. Cada rua é um cenário, um encantamento atrás do outro.
Os casarões são ocupados por bares excelentes, ótimos restaurantes, centros culturais, lojas, pousadas, hostels e hotéis.
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Paraty é uma das cidades pequenas com maior riqueza cultural que eu já visitei. Em todas as esquinas a gente encontra músicos, artistas, poetas e todo tipo de manifestação artística.
Toda essa área que hoje compreende o centro histórico surgiu entre os séculos 18 e 19, foi um das pontas da Estrada Real, que trazia o ouro de Minas Gerais para os navios portugueses, também foi uma cidade importante no Ciclo do Café e pelo tráfico de escravos.
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Esse lado triste da nossa história acontecia bem ali, em frente a Igreja de Santa Rita. Os escravos eram trazidos da África e comercializados em praça pública.
Todo centro histórico de Paraty é fechado por correntes para o tráfego de veículos, andar de carro por ali não seria uma tarefa muito simples por conta do calçamento irregular, conhecido como “pé de moleque”.
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Esse mesmo calçamento força a gente a andar mais devagar, como uma amiga disse e assim, desacelerar da vida corrida e apreciar mais o redor.
Essas ruas foram construídas para o tráfego normal de pessoas e carruagens, mas também para ajudar a escoar o dejetos despejados pelos moradores. Basta lembrar que não existia rede de esgoto naquela época e por isso o leito das ruas são mais baixos, para quando a maré subir, levar embora o esgoto dos moradores.
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Hoje os casarões tem rede de água e esgoto, mas a maré continua subindo como sempre e nessas ocasiões, as ruas mais próximas da Baía de Paraty ficam alagadas.
A melhor maneira de explorar o centro histórico é caminhando, mas existe a opção do passeio de charrete. Digamos que não é uma boa ideia, além da exploração do animal não ser algo legal, as ruas são tão irregulares que as pessoas quase são arremessadas da charrete.
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Paraty é famosa por suas cachaças e licores, vale muito visitar a alguns armazéns e cachaçarias. Uma cachaça premiada de lá, a Engenho D’Ouro custa 99 reais a garrafa. Os licores da Paratiana custam 45 reais a garrafa de 500ml e 27 reais a garrafa menor, de 250ml. (www.facebook.com/cachacariaarmazemdacachaca)
Outro lugar bem conhecido no centro histórico é o Teatro de Bonecos. É super famoso, já foi citado no The New York Times, Los Angeles Times e Le Monde entre outros veículos importantes. O espetáculo é apresentado pelo Grupo Contadores de Estórias no Teatro Espaço (rua Dona Geralda, 327), pertinho da Igreja de Santa Rita.
Trindade
Quem procura Paraty, também procura as praias e um dos destinos mais bacanas é Trindade. A cidade é um distrito de Paraty distante cerca de 24 quilômetros. Um trecho da viagem é pela BR 101 e depois por um trecho de 8 km pela estrada de Trindade.
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Logo na chegada fica a Praia do Cepilho, é essa praia lindona das fotos abaixo. O mar aqui é mais agitado e das pedras no lado esquerdo da praia a gente tem o visual lindo de toda Trindade e de praias desertas.
A estrutura para turismo na Praia do Cepilho é pequena, tem um restaurante, onde inclusive tem uma fonte de água doce para banho e algumas barraquinhas.
Na outra extremidade da praia é onde fica o centrinho de Trindade, é uma parte bem mais agitada da cidade e onde ficam todos os restaurantes pés na areia. Nós ficamos um tempinho no Restaurante Vagalume, eles tem mesas na areia e um deck, também tem ducha de água doce. O preço e atendimento são bons, recomendo a moqueca de peixe com camarão.
Essa parte da praia é bem agitada e nem é tão bonita, se você quer tranquilidade, vale ficar na Praia do Cepilho.
Em Trindade tem uma trilha super famosa que vai até a Praia do Sono, eu não fiz, fica para a próxima mas todo mundo diz que é imperdível.
Ilha do Pelado e praia deserta
A dica agora é pegar a BR 101 e ir em direção a Angra dos Reis até o pequeno vilarejo de Tarituba. Era lá que foram gravadas as cenas externas da segunda versão de Mulheres de Areia, aquela da Glória Pires.
O vilarejo tem uma praia de pescadores e de lá saem barcos para diversas ilhas da região. Por apenas 10 reais por pessoa a gente atravessou até Ilha do Pelado. A viagem dura uns 10 minutos, passa ao lado de pequenas ilhas e lugares lindos.
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A praia da Ilha do Pelado tem dois restaurantes, natural que em frente a eles a faixa de areia fique mais cheia, vale procurar um cantinho mais calmo e foi o que nós fizemos.
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Como a gente levou um cooler térmico com bebidas e algumas coisas para beliscar, não precisamos comprar nada no restaurante. Soube que o atendimento não é dos melhores.
A água da praia é super limpa e transparente, mas é bom ter cuidado com a profundidade pois em poucos metros já fica bem fundo e eu não vi salva-vidas por lá.
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Voltando da Ilha do Pelado, vale uma passadinha na Toca do Pastel. Eles tem pastéis incríveis para matar aquela fome depois da praia. No restaurante tem um mirante de onde a gente tem um visual lindo e dá até para ver a cidade de Angra dos Reis mais distante.
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Se você tiver um pouco mais disposição, vale fazer a pequena trilha que sai do lado do restaurante e chega a uma pequena praia deserta lá embaixo. O começo da trilha não tem sinalização, talvez para manter o lugar mais desconhecido, só perguntar a alguém do bar onde ela começa e não tem erro.
A trilha é tranquila com subida moderada, mas o caminho é fácil de fazer e chegando lá embaixo a prainha de águas mornas é um presente.
Cachoeira da Escada
A cachoeira fica pertinho de Paraty, são 26 km pela BR 101 mas já em Ubatuba e por tanto, pertence ao Estado de São Paulo. Mas é tão bonita e imponente que vale entrar no roteiro.
A cachoeira fica pertinho da estrada, tem um bar desativado em frente e o espaço serve como estacionamento. A cachoeira é alta e tem vários pontos para banho.
Onde ficar em Paraty
Neste post eu mostro 9 pousadas dentro do centro histórico de Paraty com preços excelentes em qualquer época do ano.
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Reserve um passeio em Paraty
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Olá Boa noite gostei muito das dicas, estou me programando pra ir em Paraty.
Continue com o blog.
Opa, que bom que ajudou. Obrigado =)
Olá, adorei a dica, uma vez estive em Paraty e não peguei tempo bom em nenhum dia, a maré estava alta e inundou as ruas do centro – mas isso acho q acontece diariamente de acordo com o horário, não sei.
Em que mês você esteve lá? Tem algum horário mais propício para visitar o centro?
Oi Bruna, tudo bem? A maré sobe todos os dias, quando eu fui (fevereiro) a maré estava alta de manhã e a tarde e a noite estava perfeito para passear no centro.
Ola adorei as dicas, me ajudou muito vou a Paraty com minha familia, em fevereiro, e reservei as diarias em um hotel no centro, mais fiquei meio preucupada pois nao tem estacionamento no hotel, sera que tera que deixar o carro muito distante .
Oi Valeska, tudo bem? No centro histórico não entram carros, o jeito é deixar fora mesmo. Recomendo entrar em contato com o seu hotel pedindo informações sobre estacionamentos próximos. Talvez até o hotel já tenha alguma parceria ou estacionamento recomendado.
Paraty é muito charmosa, ainda não consegui conhecê-la. Adorei seu post e quero incluir, com toda certeza Trindade no roteiro também.
Eu sou apaixonado por Paraty, acho que moraria lá facilmente. Trindade é muito gostoso, você vai adorar.
Olá… vou à Paraty em novembro!! E gostaria de saber quanto tempo gastamos de Paraty a Praia de Tarituba??? Pois fiquei louca pra conhecer a Ilha do Pelado 🤗🤗🤗
Oi Natalia, tudo bem? Uns 30min.