Paraty está aberta e esta foi a minha primeira viagem desde o começo da pandemia. Eu sei, a pandemia não acabou, mas como eu disse várias vezes, estamos cansados de ficar em casa. Eu fiquei 7 meses em casa, sem ver meus amigos, sem ir a bares e restaurantes. E para quem mora sozinho, o isolamento é ainda mais penoso. Mas eu tenho consciência de como sou privilegiado por conseguir fazer o isolamento social enquanto muitas pessoas precisam enfrentar os riscos de sair de casa todos os dias.
Por tanto, esta viagem acima de tudo tinha o objetivo de ser segura e responsável. Sem me colocar em risco ou colocar a saúde de outras pessoas em risco também.
Se você procura dicas de como fazer a sua primeira viagem com segurança, recomendo ler o post que eu escrevi sobre este assunto. Tem também um vídeo onde eu faço um resumo com tudo o que você precisa saber para planejar uma viagem com segurança.
Leia mais:
Como chegar em Paraty
O que fazer em Paraty
Paraty está aberta para o turismo: o que está funcionando?
A cidade está aberta desde o dia 01 de setembro. Pousadas, restaurantes, cafés, livrarias, lojas em geral e praias estão abertas para os turistas. Os passeios de barco também estão funcionando, entretanto o setor cultural ainda permanece fechado. Contudo o Teatro Espaço está funcionando, mas não posso garantir que seja seguro e tão pouco recomendo lugares fechados e abafados.
Como está a retomada do turismo em Paraty
Eu passei 10 dias em Paraty e vi de tudo. A cidade deserta logo no começo da manhã e ruas lotadas ao longo do dia. Muita aglomeração e poucas pessoas usando máscaras e muitas usando de forma incorreta. Bares e restaurantes lotados, poucos estabelecimentos respeitando o distanciamento mínimo das mesas. Alguns medem a temperatura dos clientes, outros nem álcool em gel fornecem.
Alguns restaurantes seguem protocolos de segurança como higienização de cardápios e mesas, mas a grande maioria não segue estas medidas. O que é bastante preocupante.
Os passeios de barco saem bem cheios, o que é ainda mais preocupante visto que algumas escunas levam até 20 pessoas em um espaço confinado. Por outro lado, os turistas também não fazem a sua parte e quase todos sem o uso de máscaras.
Como curtir Paraty com segurança
Viagem com segurança e responsabilidade foi o ponto central desta viagem. Eu fui de carro com dois amigos que também estavam isolados, ainda não me sinto confortável em fazer viagens de ônibus. Entretanto, eu soube que a Reunidas, empresa de ônibus que liga São Paulo a Paraty, instalou cortinas divisórias entre as poltronas dos seus veículos.
Nós alugamos uma casa via Airbnb, pois assim poderia seguir os mesmos cuidados que eu já tenho na minha casa, o que me deu um pouco mais de segurança. Porém, eu vi que as pousadas do centro histórico de Paraty estão seguindo rígidos protocolos sanitários, o que foi uma ótima surpresa. Veja aqui 9 pousadas que eu mapeei e que você pode confiar.
Eu saía de casa para passear pela cidade bem cedo, lá pelas 6h da manhã, e mostrei tudo isso nos stories do Vou na Janela no Instagram. Está tudo arquivado, dá uma olhada.
Falando em praias, não fui a Trindade pois soube que as praias estavam lotadas, entretanto optei por praias pequenas e pela Praia do Jabaquara, menos conhecida e que estava sempre vazia. Apenas um dia que ela ficou um pouco mais cheia por volta do meio dia e quando percebemos o movimento, já voltamos para casa.
Não cheguei a fazer passeios de barco, pois nos dias em que pretendia fazer o passeio a maré estava baixa pela manhã e os barcos todos encalhados. Mas o ideal aqui é fechar um barco para fazer o passeio sem aglomerações. As lanchas rápidas custam a partir de R$800 o passeio de 5 horas. Já as escunas estão fazendo um preço bem mais interessante, a R$100 a hora aos finais de semana e R$80 a hora durante a semana.
Em um dos dias eu fui visitar o Lavandário de Cunha, e estava bem vazio. Foi um passeio que valeu a pena. Sobretudo pela viagem pela Estrada Real atravessando a Serra da Bocaina dentro do Parque Nacional da Bocaina.
Na maioria dos dias nós comemos em casa, mas em alguns dias fomos a restaurantes. Sempre optando por sentar ao ar livre e observando se as mesas tinham um bom distanciamento entre elas. Destaque para o Barthô (Irmão do Bartholomeu Cozinha Primitiva), na Rua Cel José Luiz. Apenas duas mesas na parte externa em uma rua bem tranquila e comida maravilhosa.
***
Algo que eu constatei nesta viagem é que SIM, é possível fazer uma viagem com segurança e responsabilidade. É preciso abrir mão de algumas coisas que estávamos habituados, mas depois de tanto tempo trancado em casa, qualquer pequeno sacrifício além de válido, é muito necessário.
Reserve um passeio em Paraty
Reservando um serviço com um dos parceiros do blog, você ajuda o Vou na Janela a produzir mais conteúdo e não paga nada a mais por isso. O Vou na Janela só recomenda empresas e serviços em que confia.
Eu fui para Aracaju no feriado em setembro e, apesar de a cidade estar bem cheia, fiquei impressionado com os cuidados do hotel e de alguns lugares que visitei em relação ao vírus. Sim, corroboro em dizer que dá para viajar com responsabilidade.
E saber que dá pra viajar com segurança e responsabilidade me dá até uma paz no coração.