Na minha recente viagem ao Amazonas, eu fiz um passeio de 1 dia (duração de umas 9hs) com a Amazing Tours, como o roteiro é tão rico, achei melhor dividir esse post em 3 partes e falar com mais detalhes sobre os três pontos altos: encontro das águas, nandando com os botos e visita a uma tribo indígena.
Nesse primeiro post, vou falar do encontro das águas, que é onde o Rio Negro se junta ao Rio Solimões e formam o Rio Amazonas, que vai daqui até desaguar no Atlântico lá no Pará.
O passeio começa bem cedo, por volta das 8h30 um motorista da Amazing Tours passou no hotel para me pegar, o serviço é gratuito para quem está hospedado no centro de Manaus. Chegando no porto um outro funcionário recebe os turistas o nos acompanha até o barco.
Também é importante dizer que tanto barco, quanto pessoal de apoio são certificados pela Capitania dos Portos do Amazonas, mais uma garantia de segurança. Na lancha vai um guia que fala português, inglês e espanhol.
Todo mundo embarcado, saímos do Porto de Manaus por volta das 9h da manhã em direção ao encontro das águas. A saída do porto já é uma atração, é bem bacana ver a cidade desse outro ângulo e o vai e vem das dezenas de barcos que sobem e descem o rio a todo momento. Outra curiosidade são os postos de combustíveis flutuantes no meio do rio, já que essas são as “rodovias” do Amazonas.
Seguimos em direção ao leste e em questão de 20 minutos chegamos ao ponto onde os dois rios se juntam. O Rio Solimões tem a água mais barrenta e vem lá do Peru, enquanto o Rio Negro tem a água mais escura, o ponto de encontro deles é muito nítido pois as águas dos dois rios não se misturam e seguem assim por 6 quilômetros até se misturarem de vez.
A razão deles não se misturarem é a diferença entre as águas, como o pH, temperatura, velocidade e composição. O guia nos explicou que o Rio Negro tem o pH da água mais ácida, a razão é a grande quantidade de substâncias orgânicas decompostas que escorrem para o rio, deixando as águas do Rio Negro mais ácida e escura, o que também ajuda a reduzir a proliferação de mosquitos.
Os rios são tão largos que parece que estamos no mar, tem até um pouco de marola, aqui chamado de “banzo”, mas não é uma região inóspita, de um lado só a mata, mas do outro lado do rio fica a região metropolitana de Manaus.
O frenesi dos barcos com turistas é grande e aqui ficamos por uns 8 minutos até seguirmos viagem para mais uma parada do passeio. Fomos a uma pequena vila flutuante onde podemos ver e até pescar o Pirarucu, um dos peixes típicos do Amazonas. O lugar também tem lojinhas de artesanato indígena. Para pescar o Pirarucu é cobrado uma taxa de R$5,00, mas o peixe precisa ser solto no viveiro depois.
Saímos dali para em seguida visitar uma família que vive em uma casa flutuante em um braço de rio. As casas flutuantes nessa região são uma necessidade, já que com a constante variação do nível dos rios, as casas fixas no solo estariam sempre vulneráveis durante as cheias. Junto da família vivem uma sucuri, um jacaré e uma preguiça. Sim, isso mesmo!
Próxima parada foi o almoço, fomos no restaurante flutuante Rainha da Selva, mas antes de comer, seguimos por uma passarela pelo meio da floresta até um ponto onde tinham talvez uma centena de Vitórias Régias, essa planta que é a cara do Amazonas.
O almoço estava incluso no passeio, menos as bebidas e a variedade de pratos era enorme, os peixes estavam incríveis. Depois do almoço recebemos a visita de uma manada de macacos. Os bichinhos são curiosos e vem até o restaurante em busca de comida.
Essa primeira parte do passeio já foi muito legal, mas o melhor ainda estava por vir.
Próxima parada: nadando com os botos no Rio Negro
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Em fevereiro de 2016 eu fiz os passeios pelo Amazonas a convite da Amazing Tours. O Vou na Janela só aceita parcerias com empresas e serviços em que realmente confia e recomenda.