Uma das experiências que eu tive na minha viagem a Manaus foi visitar uma aldeia indígena. A visita a aldeia Tupé das etnias Desanos e Tucanos é um dos passeios mais comuns para quem visita Manaus.
Distante 25 quilômetros de Manaus, a aldeia fica na Reserva São João do Tupé, uma das maiores áreas de selva preservadas do Amazonas ao longo do Rio Negro.
Chegando na aldeia, o chefe da tribo nos deu as boas vindas e fomos convidados para entrar na oca principal. Ele é o líder da tribo, responsável por guardar os conhecimentos da tribo e comandar os rituais. O lugar é enorme, chão de terra batida e paredes e teto de sapê.
Os Desanos estão entre as tribos que foram massacradas pelos exploradores portugueses nos séculos que sucederam a chegada dos descobridores em 1500. E apesar de ser algo para turista ver, essa aldeia tem a responsabilidade de preservar e manter as tradições ancestrais dos Desanos.
A aldeia não possui energia elétrica, água encanada e tão pouco rede de esgoto. Eles vivem em pequenas ocas e dormem em redes espalhadas por uma área atrás da grande oca. Durante a visita é feita uma uma pequena demonstração dos rituais típicos. Os índios dançaram, tocaram instrumentos e no fim nos convidaram para a cerimônia.
Alguns visitantes são escolhidos, pegos pela mão e guiados até o ritual. Um grupo de turistas americanos, embaixo de roupas grossas de cor cáqui transpiram debaixo de chapéus de explorador e vão a loucura com o ritual feito para agradar os olhos e render boas fotos.
Apesar da sensação de banalização, estamos testemunhando a pequena amostra de um ritual centenário. Que era realizado quando uma tribo recebia outra tribo e tudo durava 24 horas sem parar. Rituais genuinamente brasileiros, que existem aqui muito antes da chegada dos europeus.
Se vale a pena visitar uma aldeia indígena no Amazonas? Sim! Com toda certeza, mesmo sabendo que é algo para o turista ver. E na real, é assim em todos os cantos do mundo.
Como visitar a aldeia indígena no Amazonas
A maioria das agências de turismo de Manaus oferecem esse passeio, em geral combinado com outros como o encontro dos Rios Negro e Solimões, formando o Rio Amazonas. Esse combo custa em média 150 reais e inclui o transfer do hotel até o porto de onde saem os barcos de passeio.
Dá para fazer a visita por contra própria, os barqueiros que trabalham na Marina do Davi em Ponta Negra fazem o trajeto até a aldeia por 40 reais. Mas negociando é possível conseguir um desconto por pessoa.
Como na maioria das cidades brasileiras, Manaus não tem rede de metrô ou trens, por conta disso, um hotel de boa localização é fundamental para quem pretende visitar a capital do Amazonas. E existem duas regiões muito procuradas em Manaus, o centro histórico e a Ponta Negra
Falando do centro, que foi onde eu fiquei, Hotel Villa Amazônia bem no centro da cidade. O hotel tem uma localização mais do que excelente, ele está a apenas 2 minutos da Praça São Sebastião, coração do centro histórico da cidade com seus belíssimos casarões conservados e o magnífico Teatro Amazonas.
Outro hotel bom e barato nessa região é o Hotel Saint Paul, que fica muito perto do Teatro Amazonas. Pertinho dele ficam os ótimos Seringal Hotel e o Aldeia Hostel, para quem quer economizar.
Já em Ponta Negra eu recomendo de olhos fechados o Tropical Executive Hotel, os quartos são grandes e super confortáveis, a piscina e vista do Rio Negro são de tirar o fôlego. Além do Tropical Executive na mesma região.
Ponta Negra é uma região muito bacana, a desvantagem de ficar lá é a distância para o centro histórico.
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olá, Fabrício!
esse não é um “modo de vida indígena pasteurizado”, pra turista ver? já li uns posts por exemplo falando sobre algumas comunidades ribeirinhas que não estão preservando o ecossistema, apenas visando o lucro….
obrigada pelos seus pontos de vista!
até logo!
Oi Cynthia, tudo bem? Hoje em dia é tão difícil saber o que é autêntico e o que não é. Essa tribo é claramente uma encenação, mas eu visitei populações ribeirinhas por contra própria e eu vi um modo de vida autêntico e bem sofrido, por sinal. Uma coisa que eu senti, e falo isso a nível mundial mesmo, é que a partir do momento em que o turismo demonstra interesse, as pessoas se vendem muito fácil, especialmente se for me lugares pobres.
Obrigado pela mensagem
Oi Fabricio.
parabéns pela iniciativa. Me ajudou muito