Roteiro de Berlim

Berlim é um dos lugares onde a gente consegue testemunhar de perto a história e a evolução dela. Do nazismo de Hitler à queda do Muro de Berlim, é tudo relativamente recente quando pensamos que fatos históricos de milhares de anos como as Pirâmides do Egito, por exemplo. Muitas pessoas me pediram um roteiro de Berlim focado na antiga parte oriental da cidade.

Eu já tinha feito um roteiro bem completo falado na Alemanha do Terceiro Reich de Hitler, e então, atendendo a pedidos, vamos fazer o roteiro da Alemanha Oriental, oficialmente chamada de RDA – República Democrática Alemã ou DDR – Deutsche Demokratische Republik.


Roteiro de Berlim Oriental


Começamos pelo Portão de Brandemburgo, o muro que dividia a Alemanha passava exatamente por trás dele e apesar de se tratar de um portão, ele nunca foi usado como ponto de travessia entre as duas Alemanhas. O portão ficou esquecido do lado Oriental.

Aqui já era Berlim Oriental
Aqui já era Berlim Oriental
O muro passava aqui
Roteiro de Berlim: O muro passava aqui

Falando em Muro, ele muro caiu, mas em boa parte da cidade, a gente consegue identificar facilmente por onde ele passava e atrás do Portão de Brandemburgo é desses lugares.

Atrás do Portão de Brandemburgo, na longa Avenida “Straße des 17. Juni” fica o Memorial Soviético, no Tiergarten. O lugar foi construído em 1945, logo após o fim da Guerra para lembrar os soldados do Exército Vermelho que perderam a vida na invasão a Berlim. No memorial ficam tanques e canhões originais usados operação. Mas a ironia é que logo após a construção, a cidade foi dividida e o memorial ficou no lado ocidental da cidade, uns 200 metros longe da Alemanha Oriental.

Memorial soviético
Roteiro de Berlim: Memorial soviético
Um dos tanques soviéticos que invadiram Berlim
Roteiro de Berlim: Um dos tanques soviéticos que invadiram Berlim

Atravessando novamente o Brandemburgo, a gente entra de vez na parte da cidade que correspondia a Alemanha Oriental. Seguindo reto pela Under den Liden, passando pela Ilha dos Museus a gente chega na Alexanderplatz, o coração da Berlim Oriental. Ali pertinho fica o pequeno museu da DDR, vale dar uma conferida para entender um pouco como era a vida naquela época

Hoje, a praça ainda fervilha, por ser um ponto de conexão de trens, metrô, trams e ônibus. Se antes a praça era o coração comunista, hoje é tomada por lojas de departamento como C&A e Primark. Mas continua lá a imponente Berliner Fernsehturm, a torre de Tv construída pelos soviéticos inaugurada em 1969.

Berliner Fernsehturm na Alexanderplatz
Roteiro de Berlim: Berliner Fernsehturm na Alexanderplatz

A torre tem 368 metros de altura e pode ser vista a até 42 quilômetros de distância e a razão desse tamanho todo era exatamente esse, ser aquele ponto visível de fora da Alemanha Oriental, como uma forma de provocação para os americanos e britânicos. Dá para visitar a torre, lá em cima tem um restaurante e uma vista em 360 graus da cidade.

O blog Tirando Férias tem um post super completo contando como é a visita (leia aqui).

Que pode ser vista de qualquer ponto da cidade
Roteiro de Berlim: Que pode ser vista de qualquer ponto da cidade

Não muito longe dali fica o famoso Checkpoint Charlie, que foi o principal ponto de travessia entre as duas Alemanhas durante a Guerra Fria e era administrado pelos americanos. Existiam outros dois pontos de travessia, o Checkpoint Alpha, em Helmstedt, e o Checkpoint Bravo em Dreilinden cada nome indicando uma letra do alfabeto (Alpha a letra A, Bravo a letra B e Charlie a letra C) de acordo com o alfabeto fonético.

Checkpoint Charlie
Roteiro de Berlim: Checkpoint Charlie

O Checkpoint Charlie se tornou o maior símbolo da Guerra Fria. No início era apenas uma pequena cabine, depois substituído por uma grande estrutura. Hoje uma réplica da primeira cabine foi colocada no local, alguns atores vestidos como soldados americanos posam para fotos com os turistas e você ainda pode ter o passaporte carimbado com carimbos da época da Guerra Fria. Eu garanti o meu.

Placa que alertava quem deixava o setor americano
Roteiro de Berlim: Placa que alertava quem deixava o setor americano
O mais legal são os carimbos no passaporte
O mais legal são os carimbos no passaporte

Ali perto fica o Museu do Muro, ou “Mauermuseum” que conta toda a história do muro de 150 quilômetros que separou a Alemanha do mundo. Também aqui perto fica o Topography of Terror, um museu que conta a história do nazismo e da Guerra Fria. Do lado do Topography fica uma enorme seção preservada do Muro de Berlim, esse foi meu primeiro contato com o Muro e nesse trecho, ele ainda apresenta buracos que foram feitos pelos berlinenses para ajudar a derrubar o muro.

Trecho original do muro
Trecho original do muro

Ali pertinho também fica o Trabi World, um museu que oferece passeios pela cidade nos Trabants, os carrinhos que eram fabricados na Alemanha Oriental e que se tornou um dos símbolos da DDR. Eu sou apaixonado por esses carrinhos a fiz o passeio, mas também conheci pessoas que ainda tem um carrinho desses, é sensacional. Informações aqui.

Trabants
Trabants

Nessa região, na WilhelmStraße, também fica o antigo prédio onde funcionou o Ministério da Aviação do Terceiro Reich do Hitler, depois da guerra o prédio se manteve e foi usado pelo novo regime, a curiosidade é que no hall de entrada foi pintado um mural comunista e que mesmo com a queda do muro, ele foi preservado.

Mural comunista
Mural comunista

Falando em muro, no bairro de Alt Treptow fica a East Side Gallery, o trecho de mais de 1 quilômetro preservado do Muro de Berlim e que hoje é talvez a maior galeria de arte ao ar livre do mundo. E o fim do East Side a gente ainda encontra a cabine de uma antiga torre de vigilância da DDR abandonada.

A maior galeria de arte ao ar livre do mundo
A maior galeria de arte ao ar livre do mundo
Torre da DDR
Torre da DDR

Essa parte de Berlim ainda não foi tão tomada pelas novas construções que vemos em outras partes da cidade, aqui a gente consegue ver um grande número de prédios e condomínios da época da Alemanha Oriental, todos no melhor estilo soviético com suas linhas simples e sisudas.

Termine o dia na Potsdamer Platz, a praça que foi cortada pelo muro e hoje é um dos melhores exemplos da reconstrução e reintegração entre as Alemanhas Oriental e Ocidental.

O ideal desse roteiro de Berlim é ser feito em 2 dias, com calma. Só a região do Checkpoint Charlie vale uma tarde inteira.


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Tiergarten: uma ilha verde no coração de Berlim


Escolher uma boa localização para se hospedar é um ponto essencial para garantir uma boa experiência em qualquer cidade. Quer mais dicas de hospedagem? Confira a nossa nosso post com todas as dicas.

Algumas dicas:

Como eu chegaria a Berlim e também partiria por essa estação, eu me hospedei no Meininger Hotel Berlin Hauptbahnhof, do lado da estação e pertinho do Portão de Brandemburgo e do Reichstag. O quarto não muito grande, mas era super confortável, com um bom banheiro e um excelente café da manhã.

Nessa mesma região, tem outros bons hotéis que eu conheço e recomendo. E todos são muito bem localizados:

Meliá Berlin
Arte Luise Kunsthotel
Hotel Augustinenhof

Veja mais hotéis nessa região

Outros bairros bacanas e que tem hotéis mais baratos são Prenzauler Berg (veja a lista de hotéis aqui) e Charllottenburg (veja a lista de hotéis aqui). Prenzauler Berg tem muitos bares, restaurantes e fácil acesso ao metrô, assim como Charllottenburg.

Ambos não ficam longe das áreas turísticas e tem opções mais econômicas de hospedagem.

Veja mais opções de hospedagem em Berlim










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