Na semana passada eu mostrei aqui no blog o Arab Quarter, o bairro árabe de Singapura e expliquei que a cidade-estado foi formada por diferentes povos, entre eles, os indianos. Neste post, eu vou mostrar para vocês um pouco da little India, o bairro indiano de Singapura.
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Eu fui caminhando do bairro árabe até a Little India, demorei pouco mais de 15 minutos. Os bairros são realmente muito próximos geograficamente, mas bem distantes culturalmente e claro, socialmente. A primeira diferença que a gente percebe ao entrar no bairro indiano de Singapura, comparando com o bairro árabe, é que a Little India é realmente um reduto da comunidade indiana.
Veja bem, não estou diminuindo a importância do bairro árabe, mas enquanto um alcançou o status de reduto hypado com forte pegada street e bares moderninhos, o outro ainda preserva muito das suas características históricas.
E isso fica claro quando nos misturamos a uma centena de indianos em trajes típicos circulando entre as lojas e os mercados locais na Serangoon Road, a principal rua do bairro. Flores, incensos, divindades coloridas por todos os lados. O cheiro forte de especiarias em meio ao caos de cores e vozes. Lojas com os saris mais coloridos e brilhantes, música indiana tocando a todo vapor, agências de viagens vendendo pacotes para Delhi e bijuterias em meio a quadros com imagens de gurus famosos.
É grande o entra e sai dos templos hindus como o Sri Srinivasa Perumal ou o Sri Veeramakaliamman, o mais frequentado e o mais importante. Ele foi construído ainda em 1881 pelos primeiros indianos e foi dedicado a Kali, esposo de Shiva. A adoração dos deuses é um dos alicerces da cultura indiana, existem cerca de 330 milhões de divindades. Você não leu errado, é isso mesmo.
Caminhar pelas ruas e becos movimentados do bairro em nada lembra a modernidade das superárvores do Garden by The Bay ou do luxo em torno da Marina Bay, distante a poucas estações de metrô dali.
Porém, mesmo com o caos aparente, o bairro indiano de Singapura é uma versão limpa, higiênica e bem mais ordeira do que a mãe Índia. Aqui não há vacas sagradas deitadas nas ruas ou macacos pulando de telhado em telhado roubando mercadorias dos bancas espalhadas pelas calçadas.
Uma Índia plastificada, que surgiu do passado de segregação da época da fundação de Singapura. Quando a cidade foi desenhada nos anos de 1800 por Sir Stamford Raffles, o militar britânico que foi o responsável pela fundação de Singapura, ele determinou algumas áreas onde os comerciantes árabes deveriam atuar (surgindo assim o bairro árabe) e onde os trabalhadores indianos deveria se concentrar, daí nasceu a Little India.
Os indianos eram confinados nessas ruas, bem afastados da elite abastada. A Little India era o quartinho dos fundos, a área dos empregados.
Com a independência de Singapura, novas políticas começaram a ventilar pela cidade-estado, como a de socialização das comunidades, integrando árabes, malaios, chineses, indianos e europeus. Mas maioria dos indianos que vivem na cidade ainda residem no bairro. Hoje, a comunidade responde por 9% dos moradores, que tem em torno de 3 milhões de habitantes.
Por isso que o bairro indiano de Singapura preserva tanto da sua originalidade, fazendo com que a gente tenha contato com uma cultura tão rica, mesmo sem colocar os pés na grande Índia.
Como visitar o bairro indiano de Singapura
A melhor forma de chegar ao bairro é de metrô, a estação Little India é atendida pelas linhas azul escuro (Downtown Line) e bordô (North East Line). Sugiro começar a visita pelo templo Sri Veeramakaliamman que fica ali pertinho e depois seguir pelas ruas do bairro.
Se você quiser combinar o bairro árabe com a Little India, é só seguir pela Arab Street e se guiar pelo Google Maps até a Serangoon Road, a principal rua do bairro. Eu fiz o caminho a pé em cerca de 15 minutos, é bem perto.
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Quando falamos de lugares para se hospedar em Singapura a primeira imagem que vem em mente é o espetacular Marina Bay Sands, um dos hotéis mais famosos e desejados do mundo. E a fama dele se deve ao luxo e a sua piscina, que é nada menos que a maior piscina de borda infinita no topo de um prédio em todo o mundo.
Nesta mesma região fica o The Fullerton Hotel Singapore, um hotel cinco estrelas incrível e que tem uma das melhores localizações de Singapura.
Do outro lado da Marina Bay fica o The Ritz-Carlton Millenia Singapore e além de todo o luxo de um Hilton, ele tem uma das melhores vistas de Singapura.
Se você não quiser gastar tanto no Hilton, coladinho nele fica o Marina Mandarin Singapore, que tem a vista igualmente boa
Chinatown, como o nome diz, é o bairro chinês de Singapura. Ele fica coladinho em Marina Bay e tem hotéis igualmente excelentes e mais baratos. Nessa região fica o excelente Orchid Hotel, um quatro estrelas super confortável, com uma piscina deliciosa.
Pertinho dele fica o Amara Singapore, eu já me hospedei no Amara de Bangkok e é maravilhoso. Um cinco estrelas com preço de 3 estrelas.
Para quem pretende ficar em hostel, as cápsulas são a melhor opção pois garantem mais conforto e privacidade que os hostels. A mais famosa delas é a MET A Space Pod, que tem filiais em Boat Quay, Chinatown e na Arab Street. Vale dizer que todas tem ótima localização, apesar de que eu acho a de Boat Quay melhor localizada.
Em Chinatown tem um hotel cápsula bem famoso, o Galaxy Pod e o bacana é que ele tem cápsulas para casais a partir de R$ 190,00. Nada mal, heim?
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