Há alguns anos, muito antes de pensar em visitar Paris pela primeira vez, eu já sabia exatamente um dos lugares que eu queria muito conhecer: o Cemitério do Père-Lachaise. Você pode achar bem estranho, mas visitar cemitérios famosos é uma atividade turística bem comum mundo afora. Quem já foi a Buenos Aires deve ter passado pelo Cemitério da Recoleta atrás do túmulo da Evita Perón, não é mesmo?
Pois bem, eu queria conhecer o Cemitério do Père-Lachaise por uma única razão: visitar o túmulo do Jim Morrison. Para quem não sabe, James Douglas Morrison foi o icônico vocalista da banda americana The Doors e morreu de overdose em Paris em 1971. Jim foi enterrado no Cemitério do Père-Lachaise e o seu túmulo se tornou um lugar de peregrinação dos fãs nas décadas seguintes.
Nos anos 80 e lá pelos meados da década de 90, o culto ao Jim era tão grande que as pessoas pulavam os muros do cemitério a noite para fazer festinhas no túmulo, com muitas drogas, álcool e música. Até que a administração do cemitério reforçou a segurança e isolou o túmulo do Jim. Até o busto de pedra com o rosto do cantor foi roubado e recuperado algumas vezes, até que nunca mais foi encontrado.
Como fã do Doors, era um dos lugares que eu queria conhecer em Paris, mas só foi na minha segunda viagem à capital francesa que eu fui ao Cemitério do Père-Lachaise.
O cemitério é um dos mais famosos do mundo, recheado de celebridades, é também um dos lugares mais visitados de Paris. Ele começou a funcionar em 1804, na época, ficava distante do centro de Paris, até que a cidade foi crescendo e praticamente engolindo o cemitério.
O Père-Lachaise é um grande museu aberto, com milhares de esculturas de artista famosos e claro, os famosos que lá repousam. Além do Jim, o cemitério é endereço de Edith Piaf, Frédéric Chopin, Balzac, Oscar Wilde, Allan Kardec, Maria Schneider, Marcel Marceau e muitos outros.
Eu fui ao Cemitério do Père-Lachaise em uma tarde de dezembro, o dia estava cinza e fazia muito frio. O cemitério estava vazio, era até um pouco assustador andar por algumas ruas vazias. Mas como dizia meu pai “temos que ter medo é dos vivos” hahaha.
No começo eu fiquei andando sem olhar o mapa, deixei que o caminho me surpreendesse e foi assim que encontrei o túmulo do Chopin totalmente por acaso. Mas só depois que eu tive uma noção real das dimensões do Père-Lachaise que eu recorri aos mapas.
Mas penei para achar o da Edith Piaf, só encontrei depois que uma francesa me ajudou. O próprio túmulo do Jim Morrison foi difícil de achar, mas o Google Maps deu uma ajudinha valiosa.
Se você ver um grupinho em torno de algum jazigo, pode ter certeza que tem gente famosa ali. Foi assim que eu achei o túmulo do Oscar Wilde, que depois de ficar inteiramente coberto de batom vermelho, a administração do cemitério providenciou uma proteção de vidro. Dizem que ainda tem algumas moças que tentam invadir a barreira para deixar o seu beijo no túmulo.
Se você estiver procurando um passeio fora do super convencional em Paris, eu recomendo a visita ao Cemitério do Père-Lachaise.
Como visitar o Cemitério do Père-Lachaise
A melhor forma de chegar ao Cemitério do Père-Lachaise é de metrô, ele é rodeado por 4 estações: Père-Lachaise (linhas 2 e 3), Philippe Auguste (linha 2), Alexandre Dumas (linha 2) e Gambetta (linhas 3 e 3B). Veja aqui como usar o metrô de Paris.
Próximo de cada uma dessas estações existem entradas para o cemitério. Eu cheguei pela estação Père-Lachaise e entrei por um acesso lateral. A entrada principal fica próximo da estação Gambetta.
Em cada uma das entradas tem um grande painel com a localização dos túmulos mais famosos e na entrada principal tem mapas gratuitos. Pegue um mapa e prepare as pernas para andar muito, pois o Père-Lachaise é imenso!
A entrada é gratuita e o cemitério fica aberto das 8h às 18h todos os dias.
Se você estiver procurando onde ficar em Paris, aqui no blog tem um post bem completo explicando os melhores bairros e onde você deve evitar. Veja aqui. Mas deixo algumas dicas abaixo.
Na minha primeira vez em Paris me hospedei no hotel Bonséjour Montmartre, que tinha nada menos que 4 estações do metrô perto e ficava a uns 15 minutos de caminhada da Gare du Nord. Eu paguei o equivalente a 280 reais na diária com café da manhã.
Já na minha segunda vez em Paris eu fiquei no sensacional Hotel Saint-Louis Pigalle. O hotel também fica em Montmartre, coladinho na estação Pigalle do metrô. Entretanto o que eu mais gostei nesse hotel, é que os quartos tem uma atmosfera de casa.
Tem hotéis que não tem como errar e o Mercure Paris Pigalle Sacre Coeur é certamente um deles. O hotel fica coladinho na Basílica de Sacré-Coeur e com estação de metrô ao lado.
A rede Novotel não tem como errar, são hotéis confortáveis e com preços acessíveis. A dica aqui é o Novotel Paris Les Halles, que fica pertinho do Louvre e tem instalações modernas e muito confortáveis.
O Hotel Opera Maintenon é um verdadeiro achado, um hotel duas estrelas, mas com conforto de hotel 4 estrelas e ótimo preço.
Já pensou, ficar hospedado do lado da Torre Eiffel em Paris e sem pagar uma fortuna? A dica é o Hotel Royal Phare, um hotel super charmoso e confortável localizado a uma quadra da Champ de Mars e a uns 700 metros da Torre Eiffel.
Outro hotel que é um pequeno achado em Paris, o Hotel De Suede Saint Germain é pequeno, aconchegante e fica em uma rua bem tranquila de Paris.
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Cemitério do Père-Lachaise
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Quando eu for a Paris, sempre sonhei ir ao Pere-Lachaise para ver o túmulo de Balzac!
Vale a pena, é um passeio meio alternativo, mas com muita história.
Show! Otimas informações
Obrigado!